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Os críticos puristas odeiam a Internet. Dizem que uma obra de arte fica distorcida e perde o real valor que possui ao vivo. Como não sou crítico,  fico me perguntando se teria me permitido ser artista, desde pequeno, uma vez que eu só tive contato direto com as obras de referencia, aos 24 anos, quando finalmente pude ir à Europa, embora já as conhecesse através das publicações, nas estantes do meu pai. O impacto que as imagens provocam nas pessoas, de um modo geral, independe do modo com que elas chegam às suas retinas, seja através dos livros impressos, seja através dos meios digitais e quando elas possuem qualidades, estas se revelam de qualquer maneira. Nenhuma arte ruim consegue enganar na Internet.Falo isto porque conheço as pinturas do artista plástico Ricardo Franco através do meio virtual e não me surpreende o grande impacto que me causam, apesar de não ter tido contato direto com elas.

 

 

 

Nós mesmos (eu e Ricardo) só nos conhecemos através da Internet, apesar de, ironicamente, morarmos na mesma rua. Isto quer dizer vida contemporânea, como contemporânea se revela a arte de Ricardo, com seus flagrantes fugazes.Velocidade talvez seja a maior virtude (ou o maior defeito) da realidade dos nossos dias e ela vem bastante traduzida e interpretada nos quadros deste artista, mesmo em quadros em que o motivo se encontre parado, como nos seus retratos. Mesmo neles sente-se a inexorável passagem do tempo, a afirmação de uma imagem temporal. No próprio retrato que ele me fez e me mandou, há pouco tempo, de viés expressionista, percebo que já não estarei mais ali, no instante seguinte, o que me causa certa perplexidade e medo. Habilidade para isto consegue apenas quem tem domínio sobre o que faz.

 

 

 

Os quadros de Ricardo Franco possuem, não importa se intuitiva ou conscientemente uma velocidade contemporânea, um processo contínuo, cinemático. Esta velocidade me atrai de modo particular porque também estive e estou  à procura dela em várias fases da minha pintura  e com ela me identifico. Ela nos conduz necessariamente à contradição, que também é própria do nosso tempo, de termos que parar para existir, de alguma maneira, como se congelássemos fotogramas de uma película, nos flagrantes mais insuspeitados. Isto ocorre, de maneira clara, na “Mobilidade de Duchamp”, na “Bike”, no "Passarinho", no "Consolo" ou no "Arpoador". Nestes e em outros quadros  o artista se permite editar, cortar, decupar os "fotogramas" que ele escolhe da vida, de modo intrigante, para fixar suas imagens como num Ukiyo-e japonês.Para ratificar a identidade do trabalho de Ricardo Franco com as linguagens contemporâneas é necessário que se fale ainda de economia. Sem pretender ser “clean” ou “minimalista”, modas dos dias de hoje que acabam contaminando certos artistas, Ricardo consegue uma economia precisa nas suas pinturas, usando apenas o suficiente em traços, manchas e cores para atingir a sua poética.

 

 

 

Na série dos “Meninos na Praia” e no “Mais um dia”, entre outros quadros,  esta economia se apresenta de modo evidente.Por último, a influência de Newton Mesquita, assumida pelo artista em seu trabalho, só comprova seu bom discernimento na escolha das referências. Dele, Ricardo repropõe e reinterpreta superfícies planas, sólidas e em alto contraste porém com uma pincelada de textura mais expressionista, mais explícita, mais complacente que infere identidade a seus quadros.Velocidade, economia, decupagem e boas referências são, enfim, tudo o que este artista perspicaz precisa para melhor configurar os flagrantes fugazes da existência contemporânea, de modo  verdadeiro e franco.​​​​​​​​​​​​​​​​​​

 

 

 

Chico Mazzoni

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entre dois mundos

 

Há quem possa achar que voltar às pinceladas do Impressionismo e homenagear um dos maiores, ou porque não dizer o maior, revolucionário das Artes na contemporaneidade, no caso, Duchamp, seria uma provocação. Ora, provocar, instigar, faz parte da Arte. A obra “A mobilidade de Duchamp”parece trilhar este caminho. Afronta o mestre do ready-made.

 

O artista baiano utiliza a roda da bicicleta, tão cara aos ideias de Duchamp, e a recoloca no seu lugar de origem num simples cotidiano. São nas similitudes físicas que Ricardo Franco apoia seu trabalho. Mas o que revelaria obra dentro da obra? Talvez, a proposta seja a conexão entre dois elementos. Dois mundos. Na obra “A roda da bicicleta”, Duchamp inicia sua iconoclastia, provocando, devorando o padrão do mundo. Já “A Mobilidade de Duchamp” parece só ser um diálogo provocativo com o mestre francês. 

 

O cotidiano narrado de maneira sutil e linda. A sua arte é definida pelo artista como democrática, direta e acessível. E é isso que ela. Ricardo Franco revela, através da saudosa exposição “Arte Captada”, uma abordagem minuciosa do que compõe a vida - a rotina, o dia, os gestos.Nos 15 anos que morei e trabalhei nos Estados Unidos e Europa, tive a oportunidade de construir uma bagagem rica em arte contemporânea e moderna. Fiz questão de manter um pé na história e o olho no futuro, nos novos artistas e tendências.A arte de Ricardo Franco se firma num momento em que novos artistas surgem a todo momento.

 

 

Vaneza Mello

 

 

 

 

 

 

 

 

Tive o prazer de conhecê-lo numa entrevista que demos numa rádio de expressão da Bahia. Notei claramente o seu potencial e confirmei isso quando conheci suas obras. Agora, voltando de Minas Gerais para retomar às minhas atividades em Salvador, nada melhor do que realizar uma exposição com um artista que, olhando com a minha experiência como marchand, tem um longo futuro na arte e já está colhendo o sucesso do seu trabalho.

 

 

Toda essa  técnica e sentimento estarão ao alcance dos olhos de quem visitar a minha loja, que defino como loja conceito, a Nino Nogueira Decor. Um espaço caracterizado pelo misto de obras de arte, peças de decoração e antiguidade. Arte Captada irá abrilhantar o ambiente e levar a sua maior característica: uma exposição rica em beleza.

 

 

 

 

Nino nogueira

 

Marchand Nino Nogueira Decor

 

 

 

 

 

 

 

 

Ricardo franco, começou muito bem sua carreira artística, a primeira vez que vi notei claramente o domínio da técnica, o artista utiliza referências do cotidiano trabalhando inicialmente com fotografia, depois velando como uma pintura expressionista, com pinceladas gestuais com veladuras surpreendentes e tons fortes, marcam sua pintura carregada de emoção, como se fosse um registro do olhar, sobre sua volta!

 

​Ricardo franco veio para ficar, participando ativamento do circuito das artes plásticas, participou recentemente do salão nacional no rio de janeiro e agora no meu ateliê participa a meu convite da exposição 6 novos artistas contemporâneo, mais uma vez artista me surpreende com suas pinturas, de qualidade e singularidade exemplar!

 

 

Leonel Rocha Mattos. - artista plástico​

 

 

 

 

 

 

 

O essencial na obra artística é a obra em si mesma, como resultado de uma aethesis que é captada de forma singular por seu criador e, assim, não deveria ser teorizada nem pelo artista e nem pela crítica de arte. Já se disse que nada atinge tão pouco a obra de arte quanto a crítica. O crítico de arte deve ser um mero intermediário entre a obra e o público.

 

O artista Ricardo Franco, elabora uma obra que transita entre a pintura e a fotografia.

Com o surgimento da fotografia no século XIX, houve certa inquietação no meio artístico, muitos questionando se a fotografia era arte ou produto de um simples mecanismo  e outro proclamando o fim da pintura pela utilização da fotografia. Durante uma grande parte daquele século, pintura e fotografia se colocavam em situação opostas, continuando a pintura a ser considerada como arte e a fotografia como técnica.

 

O pintor francês Edgar Degas foi pioneiro na utilização da fotografia em trabalhos artísticos, quebrando paradigmas e, inclusive, incluindo-a na problemática de sua pintura. Fez uso da fotografia como auxiliar em muitas das suas composições pintadas a pastel.

 

 

 

Assim, desde aquela época, o aparecimento da fotografia e a sua utilização na pintura transformaram-se num “divisor de águas”, mas ainda hoje transita nos trabalhos e no pensamento de muitos artistas, como Ricardo Franco que capta instantes poéticos que serão depois trabalhados no cavalete (quando realizada a pintura sobre tela) ou no computador (quando parte para os mais modernos recursos da informática) expressando uma poética singular e altamente expressiva, cujos resultados estão nas suas obras atuais.

Muitos artistas buscavam, pela utilização da fotografia, o “efeito-pintura”, enquanto outros, utilizando-se da pintura, procuravam o “efeito-fotografia”.  Ricardo Franco, conhecedor tanto das técnicas da pintura como dos recursos fotográficos, parece que brinca com esses recursos e nos brinda com resultados surpreendentes, nos quais ficam registradas sua capacidade técnica e sua sensibilidade artística, produzindo obra de arte verdadeira.

 

 

 

Eduardo Evangelista.

Membro da assossiação brasileira dos críticos de arte

 

 

 

 

 

 

A pintura de ricardo franco, um artista em começo de carreira, quer mostrar antes de tudo a vibração da luz e da cor, as figuras se desmancham em manchas, querem ser pinturas e nada mais. o artista, depois de passar pela fotografia, visita o impressionismo e o expressionismo para buscar referências para desenvolver seu trabalho e criar um repertório.

 

E assim suas pinturas se deslancham, traçando um percurso. figura e fundo se alternam, sombras sugerem imagens ou vazios desenhados na paisagem que sonha a abstração.

 

 

 

Almandrade 

Crítico de arte, arquiteto, desenhista, poeta e artista Visual

 

 

 

 

 

 

 

A TEMPESTADE DE IDÉIAS DE RICARDO FRANCO

 

 

 

A frase “uma imagem vale mais do que mil palavras”, atribuída ao filósofo chinês, Confúcio, parece incompleta ou, no mínimo, insuficiente para explicar o turbilhão criativo das imagens do artista plástico brasileiro, Ricardo Franco.

Ricardo tem um pé na publicidade e transita com desenvoltura pelos caminhos da comunicação. A obra “Arapuca”, com a qual ele participa desta bienal, faz parte de uma série de objetos, através dos quais, o artista dialoga com elementos do dia a dia das pessoas, tais como aparelhos de TV, computadores, smartfones, dentre outras “maravilhas” da vida moderna. Ela retrata com fidelidade veia publicitária e o espírito questionador de Ricardo. Inquieto, o artista parece plantar armadilhas pelas esquinas do cotidiano, onde captura ideias e as torna presas fáceis do seu turbilhão criativo.

 

Parafraseando Confúcio, uma boa ideia vale mais do que mil imagens e, portanto, supera um milhão de palavras. Mas nem um bilhão delas, de palavras, seria suficiente para traduzir a força revolucionária das ideias de Ricardo Franco. Com a instigante obra, “Arapuca”, o artista captura o olhar e a imaginação do expectador, aprisionando sua alma, para devolvê-la livre e revigorada ao universo da arte. Observe com cuidado. As armadilhas estão por toda parte.

 

 

 

Rafael Vieira Júnior

Escritor

 

 

 

 

 

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